Especialistas de todo o Brasil se reuniram nos dias 11 e 12 de fevereiro, em Belo Horizonte, na sede do Sebrae-MG, para debater os riscos e impactos da mineração em Minas Gerais. As opiniões foram uníssonas: a diversificação econômica é uma necessidade. E, para achar soluções para uma reconversão produtiva do estado, foi criado o projeto Reconversão Produtiva de Territórios Minerados, uma parceria entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), o Sebrae-MG, a Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig).
O principal objetivo do seminário foi o debate para encontrar ações que promovam a redução da dependência econômica da atividade minerária em municípios e territórios mineiros. Os especialistas levantaram questões em busca de iniciativas para melhorar o ambiente de negócios em relação ao Desenvolvimento Econômico Local com foco no capital empreendedor, tecido empresarial, governança para o desenvolvimento, organização produtiva e inserção competitiva.
Para o secretário de Promoção de Investimentos e Cadeias Produtivas, Juliano Alves Pinto, Minas Gerais precisa promover sua diversificação econômica pensando num cenário pós mineração, com foco no futuro. “A mineração está no DNA do estado e deve ser mantida. Porém, com um olhar voltado para o futuro, para novos minerais, com a preocupação com a sustentabilidade e segurança das pessoas, promovendo uma nova mineração”, afirmou Juliano, ressaltando a importância do evento e parabenizando o trabalho do Sebrae-MG de promover esse seminário.
A reconversão minerária tem impacto em cadeias produtivas e na matriz econômica do território, e pode ser promovida por meio de três alternativas: diversificação para um novo segmento econômico, encontrando uma nova especialização produtiva; diversificação fortalecendo outras vocações já existentes; e reposicionamento da atividade mineral, qualificando as cadeias produtivas.
O foco estratégico é unir entidades públicas, privadas, lideranças e representantes da sociedade civil para apoiar os municípios e regiões que vivem da mineração na formação de uma governança. Outro destaque é oferecer suporte para que as cidades criem uma agenda estratégica para os territórios e definam um caminho para a diversificação econômica. As ações propostas serão monitoradas e avaliadas em conjunto.