A rápida urbanização brasileira não ocorreu sem problemas, grande parte da população mora em núcleos informais urbanos. Em regiões metropolitanas, o tempo médio gasto para chegar ao trabalho é de aproximadamente 40 minutos, gerando déficits na economia e diversos acidentes no trânsito. O crescimento desordenado e sem planejamento das cidades gerou complicações na mobilidade urbana e nas habitações, o processo de zoneamento e a separação dos locais de morar, consumir e trabalhar desenvolveu cidades completamente segregadas. Isso salienta que as premissas iniciais não foram atendidas e trouxeram danos ao espaço urbano, então porque não pensar diferente? Confira abaixo um novo olhar para se repensar os espaços urbanos existentes e a serem planejados.
- USO DO SOLO;
Além da organização da expansão das cidades, faz-se necessária, hoje, uma reflexão sobre o uso dos espaços urbanos já existentes. A separação entre zonas residenciais e comerciais se mostrou ineficiente na promoção de um ambiente de serviços e oferta de produtos que atendam às expectativas da população, por gerar a necessidade de longos deslocamentos, majoritariamente feitos através de carros particulares, e a concentração de infraestrutura urbana em áreas específicas.
- MOBILIDADE;
Grande parte das cidades brasileiras já sofrem com problemas relacionados ao trânsito de pessoas que geram prejuízo econômico. Esses problemas, em sua maioria, são resultados da priorização do uso de carros particulares no deslocamento dentro das cidades. Com a conscientização da população sobre desenvolvimento sustentável e o surgimento de novas formas de transporte, é necessária a viabilização de um sistema de mobilidade multimodal de qualidade.
- OBRAS PÚBLICAS;
Grandes obras, especialmente as de estruturas viárias, costumam ser a preferência do Poder Público quando se tem a intenção de trazer melhorias urbanas para determinada região. Todavia, em tempos de recursos escassos, a opção por pequenas intervenções tende a gerar benefícios a um maior número de pessoas e colocar o espaço urbano mais adequado para a convivência dos cidadãos.