O compromisso do Governo de Minas de retomar o crescimento econômico no Estado ganhou um novo capítulo na quinta e sexta-feira passada (23 e 24/9), durante visita do secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, às cidades da região central de Minas, Itabira e João Monlevade, nessa ordem.
Convidado para conhecer o campus da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), em Itabira, e também a sede da associação que representa a classe empresarial da cidade, Acita, Passalio participou de discussões sobre ações a serem tomadas e projetos delineados para a construção de um plano para Itabira sem a sua principal fonte de renda: a mineração.
Para o gestor da pasta, é perceptível que existe em Itabira uma janela de oportunidades com vários projetos para promover o crescimento econômico. “Os gestores de Itabira estão com a faca e o queijo nas mãos para colocar em prática o projeto de reduzir a dependência do município em relação à mineração. A reconversão é um alerta importante para focar na atração de investimentos, alinhando essa postura com os propósitos do governador Romeu Zema de elevar Minas à condição de melhor lugar para se investir”, ressaltou Passalio.
Itabira programa reconversão minerária
O projeto de reconversão minerária de Itabira, delineado por gestores da prefeitura do município, apontou mudanças necessárias para acelerar o crescimento e desenvolvimento da cidade, levando-se em conta importantes alinhamentos com os governos federal e estadual, o setor privado e a Universidade de Itajubá - Unifei, apostando na diversificação econômica e no capital intelectual promovido pela educação.
Entre as ações contidas no plano municipal, estão a criação do Itabira Hub, com a inauguração do primeiro coworking público de Minas Gerais e o segundo do Brasil pela Unifei Itabira. De acordo com o diretor do campus, Gilberto Duarte Cuzzuol, a ideia é conectar as demandas do município por meio da criação de um Centro de Empreendedorismo Universitário (CEU) na Unifei Itabira, cumprindo a missão da universidade como centro de formação e inserindo o município no campo de pesquisa de ponta e fomento ao empreendedorismo.
Planos de diversificação econômica
“Nosso interesse é que o local extrapole a sua função de universidade, sendo uma conexão com o ecossistema industrial e tecnológico, ou seja, a universidade interagindo com a comunidade e fazendo parte do desenvolvimento econômico e social de Itabira com a criação de um centro esportivo, de lazer e cultura da Unifei Itabira”, acrescenta o prefeito Marco Antônio Lage.
Integram ainda o plano do executivo municipal, a expansão do distrito industrial da cidade, contendo em sua reestruturação água, gás e energia, o incentivo à economia criativa, impulsionando o turismo na região, ainda pouco explorado, e a criação de um macropolo de saúde de alta complexidade no município que já serve de referência para 450 mil habitantes. O desenho dos projetos, segundo o secretário de Desenvolvimento Municipal, Breno Carvalho, está em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, densidade e talento, estrutura de ponta, qualidade de vida e ambiente de negócio.
Papel da Acita
Ainda em Itabira, durante reunião na noite de quinta-feira (24/9), na sede da Acita, a presidente da associação comercial, industrial, agropecuária e de serviços da cidade, Cássia Menezes falou sobre a importância das ações para enfrentar o esgotamento minerário no município, estimado no prazo de 10 anos.
Já a subsecretária de Promoção de Investimentos e Cadeias Produtivas da Sede, Kathleen Garcia Nascimento, reforçou o valor da aproximação e diálogo entre o governo municipal e a Sede, enalteceu o papel da Agência de promoção de investimento e comércio exterior de Minas Gerais (Indi) na atração de investimentos e falou sobre a desburocratização da máquina pública para alavancar o empreendedorismo.
“Quando o poder público destrava e tira as amarras burocráticas, cria-se um ambiente propício para atrair empresas e dar mais confiança Aos empreendedores”, completa Kathleen.
Demandas de João Monlevade
Na sexta-feira (24/9) foi a vez do secretário Fernando Passalio, que junto com equipe da Sede, visitar João Monlevade, onde, pela manhã, pode conhecer o Distrito Industrial do município e acompanhar, na Associação Comercial, Industrial e Prestação de Serviços de João Monlevade (Acimon), o lançamento do projeto “Olhar para o Futuro”, iniciativa da prefeitura que investiu R$ 1 milhão em obras de melhoria para pavimentação de vias, sistema de drenagem no local e iluminação.
João Monlevade é um dos 106 municípios que já aderiram às diretrizes do Decreto Estadual de Liberdade Econômica e editaram decreto municipal sobre o assunto. O documento que estabelece uma série de ações que potencializam o desenvolvimento econômico, criando um ambiente propício aos negócios, serve de orientação para os chefes do executivo municipal.
Distrito Industrial
O secretário Fernando Passalio afirmou que a atração de investimentos nos municípios de Minas encontra eco com as metas da Agência de Promoção de Investimentos e Comércio (Indi), que registrou em apenas 30 meses de governo Zema, a atração de expressivo valor de R$ 136 bilhões de investimentos, ultrapassando a taxa de 19% de conversão de empregos para 50%,,com várias empresas instaladas. “Nos últimos 20 anos, a média de investimentos no Estado girava em torno de R$ 11 milhões por ano, com média de conversão da atração de emprego de 20%”, emendou Passalio.
De acordo com o vice-prefeito e também secretário de Planejamento e Desenvolvimento Econômico de João Monlevade, Fabrício Lopes, o encontro com o secretário Passalio na Acimon sela uma parceria e um ciclo virtuoso de ações em prol do município, entre elas, a assinatura da ordem de serviço para as obras de infraestrutura no Distrito Municipal de João Monlevade. “O local tem uma área de 41 mil metros quadrados e hoje abriga quatro empresas. Essa iniciativa de hoje faz parte do primeiro módulo onde a prefeitura está realizando investimentos de R$ 1 milhão e atraindo mais três empresas. A segunda fase também contemplará obras de infraestrutura e uma terceira fase será para abertura de vias no local”, cita Fabrício, acrescentando que existe ainda a demanda de canalizar o gás da Gasmig, que passa próximo ao distrito.