Minas tem presença expressiva no 14º Salão do Artesanato de Brasília, contemplando uma área total de 140 metros quadrados, a maior utilizada por um estado brasileiro no evento, reunindo o trabalho de artesãos de 30 municípios do estado. A participação do artesanato mineiro ganhou destaque no evento por meio da Diretoria de Artesanato, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Desenvolvimento Econômico (Sede), em parceria com o Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) do Ministério da Economia e apoio do Sebrae MG.
Os trabalhos apresentados pelos artesãos mineiros foram mostrados a partir da disponibilidade de uma área de 90 metros quadrados contratados pela Sede e outros 50 metros quadrados adquiridos pelo Programa do Artesanato Brasileiro (PAB) do Ministério da Economia. O salão nacional também evidencia a primeira participação de artesãos mineiros em eventos fora do estado durante a pandemia.
Retomada econômica
Batizado de “Raízes Brasileiras”, a edição 2021 do salão nacional segue, com entrada franca, até o próximo domingo, (31/10), na área externa do Pátio Brasil Shopping, em Brasília (DF), e reúne o trabalho de cerca de 500 artesão de 24 unidades da federação. O evento representa a retomada das atividades comerciais com possibilidade do artesão participante expor e comercializar presencialmente suas peças, o que deixou de acontecer desde 2019.
Para a gestora de projetos da Central Veredas, Monique Barbosa, a retomada das feiras e eventos do segmento e o apoio do Governo de Minas são fatores cruciais para a retomada das atividades da Central Veredas, que reúne nove associações de artesanato do Noroeste de Minas formadas por 120 mulheres que trabalham com tecelagem, fiação, tingimento natural, fibra de buriti e bordado. “Esse momento, sem dúvidas, é muito relevante para que as artesãs possam voltar a trabalhar e a comercializar suas peças, visto que a maioria foi bastante impactada pela pandemia de Covid-19, principalmente, com a diminuição das vendas”, afirma a gestora.
Diversidade cultural
A apresentação dos estandes com os trabalhos manuais de diferentes estados revela a diversidade cultural e a expressão criativa dos artesãos brasileiros, além de garantir o sustento de várias famílias e comunidades. A produção artesanal brasileira está sendo destacada com tradicional Praça dos Mestres, contendo a obra de grandes nomes do cenário nacional. Os visitantes têm a chance de conhecer o trabalho de artistas de todo o país e podem acompanhar a produção de novas obras, confeccionadas no local.
Talentos de Minas
A ceramista Iza Matos, de Itaobim, no Vale do Jequitinhonha é um dos talentos que se sobressaem no salão, apresentando peças que retratam o cotidiano das mulheres do Vale em forma de bonecos. Vários artesãos também marcaram presença pela primeira vez em um evento nacional, como é o caso do artesão Manoel Pedro Ribeiro Filho, conhecido como Neli, que apresenta suas carrancas, esculturas talhadas na madeira e que misturam traços humanos aos de bichos. Para ele, a sua participação aconteceu graças ao apoio do Governo de Minas, por meio da Sede, com a Secretaria de Cultura e Turismo de Januária (Setur), por meio do Centro de Artesanato de Januária.
Área inédita de negócios
Inédita no evento, a rodada de negócios receberá lojistas presencialmente, seguindo o modelo de visita livre aos estandes, mas também permitirá a possibilidade de negociação com lojistas de forma virtual, no modelo de agendamento prévio, por meio de link que foi disponibilizado para inscrições de lojistas e artesãos. A proposta é promover uma aproximação do artesão com o mercado.
Para isso, será disponibilizada aos artesãos uma nova ferramenta: a Plataforma do Salão do Artesanato Virtual. Trata-se de um ambiente digital, que tem como função expor os produtos dos participantes de forma que compradores e lojistas possam visualizá-los e ter informação de contato dos artesãos.
Foto: Divulgação / Sede
