Governo de Minas assina protocolo de intenções para incentivo à Economia Verde no estado
Governo do Estado se reuniu, durante o Timber Talks, com empresas e investidores promovendo discussões para o setor mineiro de floresta plantada
Publicado: 04/08/2023 18:24 | Atualizado: 23/08/2023 15:44
Foto: Bruna Fontes Foto: Bruna Fontes

Nesta quinta-feira, 3/8, o Governador Romeu Zema, participou do evento “Timber Talks 2023”, promovido pela Associação Mineira da Indústria Florestal (Amif). O Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico,  Fernando Passalio e demais autoridades também estiveram presentes. O objetivo do evento é promover discussões sobre questões fundamentais para a sociedade, focalizando em ações desenvolvidas pelo setor de florestas plantadas, economia verde, ESG, inovação e estratégias de carbono.

A abertura do evento foi composta por autoridades do setor, do poder executivo e legislativo mineiro, e da liderança do Ministério Público de Minas Gerais. Romeu Zema dividiu a mesa de abertura com Adriana Maugeri, presidente da Amif e Paulo Hartung, presidente da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). 

Protocolo de Intenções

Durante o evento foi assinado um protocolo de intenções entre o governo do Estado e a agroindústria florestal mineira, representada pela Amif, com o objetivo de desenvolver esforços e parcerias em atividades de incentivo ao desenvolvimento da economia verde de Minas Gerais. O documento foi assinado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede) e a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). 

De acordo com o governador Romeu Zema, Minas lidera o desenvolvimento da economia verde por meio de políticas públicas bem definidas. “Estamos entrando numa nova era. Essa preocupação com o carbono passa a ser uma exigência mundial. O Brasil está muito bem posicionado em termos de área, insolação e recursos. Em Minas Gerais temos feito tudo que é possível para que o Estado surfe na onda da transição energética, gerando bem-estar para os 20 milhões de mineiros”, explicou. Zema ressaltou ainda que o Governo de Minas está atento às mudanças e lembrou que foi o primeiro estado da América Latina a aderir à campanha Race to Zero, iniciativa global para neutralizar emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050.

O Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, reforçou a relevância da indústria florestal, visto que o estado é líder nacional na área de árvores plantadas no país. "Em Minas Gerais, o protagonismo da indústria florestal no desenvolvimento da economia verde proporcionou o crescimento da cadeia produtiva florestal em 7,5%, superior à evolução do PIB nacional a 4.6%, batendo recorde na receita bruta de R$ 244,6 bilhões, gerando a criação de 553 mil postos de trabalho diretos e 1,59 milhão indiretos".Durante o evento, Passalio apresentou um painel com o tema: "O protagonismo da indústria florestal na economia verde do estado".

Floresta plantada 

Minas Gerais é líder nacional em área de árvore plantada no país e concentra 30% da área brasileira de eucalipto. O estado conta com a presença de plantios florestais em 803 municípios, cerca de 94% do total de cidades. Os maiores plantios estão localizados em 7 microrregiões: Capelinha, Curvelo, Grão Mogol, Paracatu, Pirapora, Salinas e Três Marias.

As florestas plantadas oferecem diversos serviços ambientais e sociais: recuperam áreas degradadas, contribuem para manter a disponibilidade da água e nutrientes do solo, amenizam a pressão sobre as florestas naturais, conservam e mantém milhares de quilômetros de estradas, geram empregos em uma vasta cadeia de valor e contribuem para a inclusão social.

Minas também é líder global de produção e consumo de carvão vegetal de origem plantada, insumo energético renovável que, utilizado na metalurgia, produz aço, ferroligas e ferro gusa verdes. Por meio do cultivo de florestas plantadas, siderúrgicas e ferroligas, empreendimentos do segmento de celulose, papel, lápis, painéis e outros produtos sólidos da madeira conseguem produzir matéria-prima e insumos utilizados nos processos produtivos, como a celulose, carvão vegetal e a própria madeira. A atividade se torna propulsora para a atração de investimentos e instalação de novos empreendimentos ligados a esta cadeia produtiva, no estado.