O Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), publicou no dia 20/7, a Resolução n° 23/2023 que criou formalmente o Grupo de Trabalho (GT) que vai estruturar e implementar políticas públicas para a cadeia produtiva do lítio em Minas Gerais, principalmente no Vale do Jequitinhonha. A primeira reunião do GT ocorreu na última terça-feira (8/8).
Na ocasião, o GT definiu frentes de trabalho para que os integrantes possam iniciar as atividades, com responsáveis, cronograma e prazos para as entregas. As frentes de trabalho priorizadas serão: infraestrutura, qualificação de mão de obra, processos ambientais, financiamento, incentivos fiscais e não fiscais e articulação com a sociedade.
O Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, avalia que a criação do grupo “será mais um passo essencial para o avanço das iniciativas no local, com foco na geração de emprego, renda, aumento de oportunidades e melhoria do bem-estar da população mineira”. Passalio reforça ainda que o lítio apresenta inúmeras aplicações em outros setores da economia, o que eleva o potencial de geração de riqueza para o estado, tendo em vista o interesse de diversos empreendimentos do Brasil e do exterior, pela região.
Integrantes do Grupo de Trabalho (GT)
O GT do Governo de Minas para o Vale do Lítio conta com a presença de 16 instituições, sendo elas, Sede, Idene, Banco do Nordeste, BDMG, Codemge, Sedese, Seinfra, Fundação Gorceix, Fapemig, Semad, UFMG, Invest Minas, Segov, Sebrae, Sindiextra e Ibram. A primeira reunião do GT contou com a presença de 34 pessoas, além da Companhia Brasileira de Lítio – CBL, Secretaria Geral do Governo de Minas Gerais e o Serviço Geológico do Brasil (SGB).
De acordo com o superintendente de Política Minerária, Energética e Logística da Sede, Pedro Sena, os trabalhos do GT visam desenvolver economicamente uma das regiões com o menor Índice de Desenvolvimento Humano no estado. “O sucesso de qualquer política pública depende de diálogo e articulação com setores e órgãos da sociedade. Para o caso do Vale do Lítio, entendemos que o envolvimento dos órgãos integrantes do GT é imprescindível para o desenvolvimento da cadeia produtiva do lítio”.
Vale do Lítio
Lançado em Nova Iorque (9/5), Estados Unidos, o Vale do Lítio é um projeto econômico-social que tem como objetivo desenvolver cidades do Nordeste e Norte do estado em torno da cadeia produtiva do lítio, gerando mais empregos e renda para a população das duas regiões. O lançamento foi feito na Nasdaq, maior bolsa de valores do mundo em negócios de tecnologia e inovação.
O Vale do Lítio é formado por 14 cidades, sendo elas, Araçuaí, Capelinha, Coronel Murta, Itaobim, Itinga, Malacacheta, Medina, Minas Novas, Pedra Azul, Virgem da Lapa, Teófilo Otoni e Turmalina, no Nordeste de Minas, e Rubelita e Salinas, no Norte mineiro. Esses municípios abrigam a maior reserva nacional do mineral, que é utilizado em diversas aplicações, sendo a mais comum a fabricação de baterias de longa duração, que equipam veículos elétricos e aparelhos eletroeletrônicos. Por isso, será um item bastante demandado nos próximos anos pela indústria, de forma geral.
Na ocasião, o governador Romeu Zema reforçou que o lançamento do projeto na Nasdaq significa que Minas Gerais está mostrando para o mundo o grande potencial que tem na produção do metal estratégico, que terá papel fundamental na transição energética. “Queremos que o Vale do Jequitinhonha se transforme no vale da tecnologia para a produção de baterias e demais produtos de valor agregado”, explicou.
Fernando Passalio, também reforçou que o Vale do Lítio pode ser chamado também de “Vale da Esperança”. “Minas Gerais é um estado privilegiado quando o assunto são as riquezas naturais. Por meio de substâncias minerais que abrigam o lítio, o estado tem potencial para ser protagonista nacional no que se refere ao desenvolvimento tecnológico em cadeias produtivas como a de energia, mobilidade e até mesmo farmacêutica, tendo em vista que o lítio também é insumo para a produção de medicamentos. Isso mostra como essa substância mineral pode aumentar as oportunidades de geração de emprego qualificado, além de elevar a renda média da população do nosso estado”.
Para mais informações sobre a iniciativa é possível entrar em contato diretamente com a Superintendência de Política Minerária, Energética e Logística por meio do e-mail pedro.sena@desenvolvimento.mg.gov.br e eugenia.monteiro@desenvolvimento.mg.gov.br.