Como reflexo do trabalho realizado pelo Governo do Estado em prol do desenvolvimento econômico e da geração de oportunidades de trabalho, Minas Gerais fechou 2023 com a sua menor taxa anual de desocupação da história: 5,8%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostra, ainda, que a média nacional fechou o ano passado em 7,8%.
No último ano, a taxa em Minas recuou 1,9 ponto percentual, ou 24,7% em apenas 12 meses. O impulsionamento dado pela política de atração de investimentos privados para Minas, que também foi recorde no período (R$ 114,4 bilhões), somado a programas de estímulo ao empreendedorismo e à liberdade econômica, como o Minas Livre Para Crescer - conduzidos por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) -, estão entre os fatores que contribuíram para o resultado.
“Com trabalho para recuperar a credibilidade do Estado, e fortalecer um ambiente seguro, amigo de quem quer produzir, estamos conseguindo transformar a vida dos mineiros. Com a confiança dos empresários, novos negócios estão vindo cada vez mais para Minas Gerais e, com isso, ampliamos as oportunidades para quem quer trabalhar e empreender”, destaca o governador Romeu Zema.
O governador ainda ressalta que a atual gestão caminha para alcançar um milhão de empregos gerados. Até 2023, já foram quase 800 mil novas vagas. "A minha meta é encerrar o meu governo podendo falar que em Minas Gerais só não trabalha quem não quer", conclui.
Para o secretário de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, a PNAD Contínua do IBGE mostra que estamos no caminho certo.
“Desde 2019, quando o governador Romeu Zema assumiu a gestão do nosso estado, Minas Gerais apostou na política de geração de emprego e renda como um dos seus pilares e, para isso, dedicou-se à atração de investimentos e ao fomento do empreendedorismo por meio de medidas como a regulamentação da Lei de Liberdade Econômica. Hoje, cinco anos depois, já criamos cerca de 800 mil postos de trabalho. No ano passado, foram quase 86 mil empresas abertas em Minas, com crescimento em todas as regiões”, reforça.
De acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), o desempenho de Minas é expressado pelo aumento de vagas líquidas criadas e do número de pessoas ocupadas.
"Essa marca é muito importante porque ela reflete o esforço do governo em proporcionar um crescimento econômico sustentável na geração de empregos, por meio da atração contínua de investimentos em diversos municípios, com vistas a impulsionar a economia local, implicando assim na melhora de condição de vida dos mineiros. Diante das últimas taxas registradas, Minas Gerais caminha para este cenário de pleno emprego", diz a diretora de Monitoramento e Articulação de Oportunidade de Trabalho da Sedese, Amanda Carvalho.
Entre os principais empregadores
Com o desempenho, Minas Gerais se manteve entre os principais empregadores do país. Ao todo, o estado respondeu por 10,7% da ocupação nacional em 2023, com a segunda maior participação e entre os seis estados responsáveis por abrigar 60% de todos os trabalhadores em atividade no país.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado no Brasil, aliás, aumentou 5,8% e totalizou 37,7 milhões de pessoas, maior nível da série iniciada em 2012. Deste total, Minas Gerais registrou o segundo maior contingente entre as unidades federativas, com 4,3 milhões de trabalhadores com carteira, de acordo com o estudo do IBGE.
Uma das vagas abertas foi ocupada pelo operador José Alves de Paula Neto, de 23 anos, contratado para trabalhar no terminal ferroviário da Usina Coruripe. Os investimentos da empresa tiraram ele e muitos outros da fila do desemprego.
“Essa vaga mudou completamente a minha realidade, pois hoje tenho um salário estável, consigo honrar meus compromissos e buscar minhas conquistas. Já tenho meu carro e pretendo construir uma casa. Por incentivo da empresa, decidi também voltar a estudar e hoje faço um curso superior na minha área, para aprender mais e passar esse conhecimento adiante”, conta.
A também recém-empregada, auxiliar operacional de logística, Débora Regina, de 37 anos, relata que ficou três anos sem trabalho, dedicada à filha, e, quando foi ao Sine pela primeira vez, conseguiu rapidamente uma oportunidade.
"Fiquei desempregada por um tempo, por conta própria. Quando decidi voltar ao trabalho, fui ao posto do Sine e arrumei emprego em pouco mais de uma semana", revela. Ela também destaca o trabalho do Estado para continuar com a geração de vagas de trabalho. “Com novas oportunidades de trabalho, as taxas de desemprego diminuem”, avalia.
Técnico e supervisor mecânico e de tubulação na NEUMAN & ESSER, Idaléssio Sílvio dos Santos foi outro trabalhador contemplado em 2023. Ele, que já tinha trabalhado na empresa como terceirizado (de 2006 a 2009), agora volta contratado diretamente pela instituição.
“Empresa excelente, bem situada no mercado e que te dá todas as condições possíveis de trabalho e de crescimento”, comemora, há sete meses no cargo.
O resultado positivo de Minas no que diz respeito ao mercado de trabalho é reflexo de um desafio traçado pelo governador Romeu Zema: bater a marca de 1 milhão de empregos criados no estado.
Nícia de Souza, pesquisadora da Fundação João Pinheiro (FJP), afirma que há vários indícios de robustez da recuperação do mercado de trabalho mineiro.
“A taxa de desocupação em Minas Gerais em 2023 (5,8%) é a menor da série histórica da PNAD Contínua e vem seguida de melhora em outros indicadores, como a taxa de subutilização da força de trabalho, a taxa de informalidade e a criação de empregos com registro em carteira (emprego formal)”, analisa.
Nos últimos cinco anos, segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Minas gerou cerca de 800 mil postos formais de trabalho. Destes, mais de 193,5 mil resultaram dos protocolos de intenções celebrados entre o Governo do Estado e empresas privadas, com valores que ultrapassam R$ 388 bilhões em atração de investimentos. Os protocolos assinados, apenas em 2023, preveem a geração de cerca de 55 mil empregos permanentes em todas as regiões de Minas.
Liberdade econômica
A desburocratização e melhoria do ambiente de negócios no Estado estão entre os fatores para o maior interesse despertado nos investidores nacionais e internacionais por Minas nos últimos anos. E um dos grandes responsáveis por favorecer a atração de recursos é o Programa Estadual de Desburocratização - Minas Livre Para Crescer (MLPC).
Desde 2019, a iniciativa destaca-se por seu compromisso em posicionar Minas Gerais como o estado mais propício para se empreender no Brasil. Em 2022, o programa foi, inclusive, reconhecido pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) como ferramenta crucial para a reforma regulatória do Estado.
Conforme levantamento do MLPC, dos 853 municípios mineiros, 418 já aderiram ao programa e também já veem melhorias. Em cinco anos de operação, foi verificado um aumento de quase 90% na média anual de abertura de empresas e um crescimento médio de 40% nas contratações.
Dos empregos gerados no mesmo intervalo no estado, mais de 55% foram em municípios livres. Somente em 2023, houve a abertura de quase 86 mil novas empresas em Minas: um avanço de 10,54% em relação a 2022. Estes dados constam no relatório anual de registros mercantis da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg).
Para atender a essa demanda crescente do mercado mineiro por mão de obra e, principalmente, qualificada, o Governo de Minas também conta com o sucesso de outro programa: o Trilhas de Futuro. Iniciativa executada por meio da Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG), com apoio de outras secretarias (Sedese e Sede, por exemplo), o Trilhas também busca garantir a empregabilidade dos jovens mineiros. Com esse objetivo, conseguiu promover, no último ano, a ocupação de 5.128 postos de trabalho, em 166 empresas de diversos setores, localizadas em 84 municípios mineiros.