Entre janeiro e agosto de 2024, as exportações de Minas Gerais cresceram 5,3% e as importações 4,2% na comparação com o mesmo período de 2023.
Com isso, o estado registrou saldo comercial de US$ 17,2 bilhões. No mês de agosto deste ano, o superávit foi de US$ 1,6 bilhão, com as exportações alcançando US$ 3,3 bilhões e as importações US$ 1,7 bilhão.
Os dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic) para Minas Gerais estão disponíveis em um painel interativo do comércio internacional de Minas Gerais atualizado esta semana pela Fundação João Pinheiro (FJP).
No âmbito das ações voltadas para o comércio exterior do Governo de Minas, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) atua na coordenação, execução, bem como na promoção de iniciativas voltadas para o fortalecimento do setor, o que contribui para a melhoria do ambiente de negócios e a contínua internacionalização dos setores produtivos mineiros.
“Esse resultado é a prova de que o papel desempenhado pelo Governo de Minas tem sido efetivo e que conquistamos a confiança do mercado internacional. Em síntese, nós criamos pontes para que todos os negócios, inclusive os pequenos, atravessem fronteiras e alcancem o mundo, mas o protagonismo é todo das empresas mineiras”, destaca o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio.
Números
Na comparação com as exportações dos oito primeiros meses de 2023, o acumulado de 2024 registrou crescimento de 10,9% nas exportações de minério de ferro e de 31,9% nas de café. Em conjunto, a participação desses produtos representou quase 50% da pauta mineira.
Nas importações, o crescimento de 4,2% foi resultado do aumento das compras de máquinas e equipamentos mecânicos (+16,5%), o que compensou a queda expressiva das importações de adubos ou fertilizantes químicos (-14,2%), produtos químicos (-18,7%) e combustíveis minerais (-6,5%).
Agosto
Na comparação entre agosto de 2024 e agosto de 2023, as exportações caíram 3,7% e as importações cresceram 25,2%. O estado se posicionou como o terceiro maior exportador do país, com participação de 11,5%, atrás de São Paulo (19,3%) e do Rio de Janeiro (11,7%).
No Brasil, o superávit foi de US$ 4,8 bilhões, com decréscimo de 6,5% nas exportações e aumento de 13% nas importações frente ao mesmo mês do ano passado. A queda das exportações nacionais refletiu a retração das vendas de sementes e frutos oleaginosos (soja) e de minérios.
Em Minas Gerais, as exportações de minério de ferro e de açúcares diminuíram, respectivamente, 10,2% e 23,6%. Em contrapartida, houve acréscimos das exportações de café (15,7%), produtos siderúrgicos (4,3%) e carnes (62,2%) em agosto de 2024 em relação ao mesmo mês do ano anterior.
Esses cinco produtos juntos corresponderam a cerca de 70% da pauta de exportações do mês, com destaque para a participação do minério de ferro (29,4%).
Nesse mesmo recorte, as importações de máquinas e equipamentos cresceram 31,2%; veículos automóveis, 24,4%; máquinas e aparelhos elétricos, 9,9%; adubos, 8,1%; e produtos químicos orgânicos, 32,7%. Esses cinco produtos alcançaram mais de 50% do valor total das importações mineiras em agosto de 2024.
Os principais destinos das exportações de Minas Gerais em agosto de 2024 foram a China (37,1%) e os Estados Unidos (11,3%). Os dois países também foram as principais origens das importações, com participação de 23% e 10,8%, respectivamente.
Painel interativo
A ferramenta tem o objetivo de auxiliar gestores públicos na criação de políticas públicas baseadas em evidências e expandir as possibilidades de análise da composição e dos fluxos do comércio internacional de Minas Gerais.
O painel também sintetiza uma base de dados com valores de exportação, de importação, do saldo comercial e dos principais parceiros e produtos comercializados no estado com outros países para o período de 2020 a agosto de 2024.