Minas Gerais acaba de alcançar um dos resultados mais expressivos de sua história econômica. Entre janeiro e novembro de 2025, 105.557 novas empresas foram abertas no estado, alta de 15,22% em relação ao mesmo período de 2024 (91.615 registros).
O marco alcançado no último relatório divulgado pela Junta Comercial do Estado de Minas Gerais (Jucemg) é o melhor desde o início da série histórica, em 2019, e é impulsionado pelas ações contínuas de simplificação, inovação regulatória e estímulo ao empreendedorismo promovidas pelo Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG).
"É um orgulho para nós atingir esta marca de 100 mil empresas abertas. Desde o início do nosso governo, temos trabalhado para fazer de Minas Gerais o estado com o melhor ambiente de negócios do Brasil, com desburocratização, segurança jurídica e estímulo ao empreendedor. O resultado são mais investimentos, mais empregos e um estado muito melhor para os mineiros", disse o governador Romeu Zema.
A consolidação de um ambiente de negócios mais favorável e competitivo é resultado direto de iniciativas como o Minas Livre para Crescer (MLPC) e o Novo Decreto Estadual de Liberdade Econômica, que trouxe instrumentos como a Aprovação Tácita Automatizada e a dispensa de alvarás para atividades de baixo risco.
O ambiente mais livre também é fortalecido pelo crédito. Em 2025, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) alcançou R$ 4 bilhões em financiamentos realizados em um único ano, o maior volume da história da instituição.
"A combinação entre desburocratização, crédito acessível, segurança jurídica e políticas públicas orientadas ao setor produtivo consolida Minas Gerais como um dos estados com melhor ambiente de negócios do Brasil. Não é à toa que alcançamos marcos tão relevantes no desenvolvimento econômico neste ano", afirma a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa.
“Ultrapassar a marca histórica de 100 mil empresas abertas em um único ano demonstra que Minas Gerais está no caminho certo ao investir em desburocratização e inovação com segurança jurídica. A Jucemg tem atuado como agente estratégico do desenvolvimento econômico, garantindo mais agilidade e previsibilidade para quem empreende no Estado”, destaca a presidente da Jucemg, Patricia Vinte Di Iório.
Segurança jurídica e ambiente de negócios favorável ao empreendedor mineiro
Desde outubro, os municípios que alcançaram o nível avançado no MLPC passaram a operar com a Aprovação Tácita Automatizada (ATA). Atualmente, 121 serviços estaduais, distribuídos em 11 órgãos, são elegíveis para aprovação automática, incluindo registros de armazéns e renovações de clínicas médicas e psicológicas.
Na prática, a medida prevê a autorização automática de solicitações feitas por cidadãos ou empresas para exercer atividades econômicas, como licenças, alvarás e permissões, sempre que o prazo estabelecido para análise do pedido for ultrapassado.
A ampliação de 730 para 945 atividades classificadas como de baixo risco, isentas de alvará e outras licenças, é outro avanço regulatório relevante trazido pelo decreto, e que estimula diretamente o empreendedorismo no estado.
O empreendedor Alberto Antônio Nascimento, que atua no ramo de confecção e cópia de chaves em São Sebastião do Oeste, relata os benefícios do programa.
“Com o tempo, fui aproveitando as oportunidades que o município passou a oferecer, como a facilidade para mudar de atividade. Foi tudo muito tranquilo. Há um ano atrás eu estava um degrau abaixo, mas agora subi esse degrau e estou prosperando”, afirma.
Em São João del-Rei, após a implantação do Redesim + Livre, o tempo de análise de viabilidade caiu de 1 dia e 9 horas, em 2024, para apenas 2 horas em 2025. Essa etapa verifica se a abertura do negócio é legalmente viável, garantindo mais agilidade ao empreendedor.
“Este ano, nosso município obteve grandes avanços com a dispensa de mais de dois mil alvarás para empresas consideradas de baixo risco e a implantação do Redesim + Livre. A adesão de São João del-Rei ao programa Minas Livre tem sido essencial para reduzir a burocracia, fomentar o empreendedorismo e fortalecer a economia local”, conta o secretário de Desenvolvimento Econômico de São João del-Rei, Marcos Vinícius Pereira.
Liberdade para crescer
Minas segue como o estado com maior adesão à liberdade econômica do país, com 586 municípios livres, dos quais 121 aderiram somente em 2025. Segundo o Mapa de Empresas do Governo Federal, dos 25 municípios mineiros mais rápidos para se abrir empresas, 19 adotam o Redesim + Livre, programa que acelera as etapas municipais de formalização dos negócios.
Nessas cidades, o tempo médio de abertura é de 8,8 horas, enquanto a média estadual é de 18,9 horas, o que representa uma redução de quase 50%.
“Trabalhei durante 13 anos em uma empresa e, em julho deste ano, fui surpreendida com o meu desligamento. No dia seguinte, recebi uma grande oportunidade para atuar de forma autônoma. Procurei a contabilidade de uma amiga, que me deu todo o suporte necessário, e, em poucos dias, minha empresa já estava formalizada”, relata a consultora ambiental e proprietária da IPÊ Consultoria e Soluções Ambientais, Lucíola Maurem, que abriu sua empresa, neste ano, em Belo Horizonte.
MPEs impulsionam o desenvolvimento em Minas Gerais
As micro e pequenas empresas (MPEs) seguem como protagonistas do mercado de trabalho em Minas Gerais. De janeiro a outubro deste ano, foram responsáveis por 75% dos empregos gerados no estado, com 120 mil novas vagas de um total de 159 mil postos de trabalho criados.
O Governo de Minas segue como um grande propulsor das MPEs, por meio de iniciativas que criam condições favoráveis para que pequenos empreendedores gerem emprego, renda e desenvolvimento em todas as regiões.
Entre os destaques está o projeto Vem de Minas, que amplia o protagonismo dos empreendedores locais ao garantir oportunidades para a apresentação de produtos genuinamente mineiros. Somente em 2025, as ações do Circuito Mineiro de Oportunidades e Negócios (Cmon) e dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) geraram juntas a expectativa de mais de R$ 29 milhões em negócios, beneficiando quase 2.300 pequenos produtores em mais de duas mil agendas de relacionamento.
As ações voltadas ao artesanato mineiro, conduzidas pela Sede-MG, também apresentaram balanço positivo em 2025. Foram comercializados quase R$ 4,5 milhões em peças, com mais de 4.900 artesãos atendidos e quase 1.200 formalizados por meio da Carteira Nacional do Artesão.
Para a família de Maria Cláudia de Matos Miranda, de Salinas, no Norte de Minas, o artesanato sempre serviu como fonte de renda, conforme seu próprio relato.
“Mesmo tendo atuado como professora até a aposentadoria, nunca deixei o artesanato de lado: ele sempre caminhou comigo. Hoje, a cerâmica não é apenas expressão cultural, mas também uma profissão valorizada, capaz de gerar renda, transformar vidas e fortalecer famílias, mostrando a força do artesanato como atividade econômica e social”, conta a ceramista.