Pelo quarto ano consecutivo, o Governo de Minas bate recorde na execução de investimentos para as áreas de Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I). Até o final de 2025, a previsão é de alcançar mais de R$ 560 milhões executados, valor que somado aos mais de R$ 530 milhões investidos em 2024, faz com que o Estado antecipe a meta de R$ 1 bilhão em recursos constitucionais nas áreas de CT&I (entre 2024 e 2026).
Até o momento, Minas já executou mais de R$ 531,5 milhões no ano, recursos que são direcionados para iniciativas como o Compete Minas, programa coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) que promove a inovação e a competitividade no setor produtivo mineiro.
A NetChart - Bwtech, empresa de Belo Horizonte que desenvolve soluções de software para monitoramento e otimização de redes móveis, após participar de outras rodadas do programa, foi novamente selecionada para captar recursos e investir em inovação.
“Nesta quarta rodada do programa, a empresa irá desenvolver um projeto que auxilia as redes privativas de grandes indústrias a prevenir falhas e garantir o correto funcionamento das próprias operações. O projeto, portanto, irá impactar diretamente a indústria mineira, como o setor de mineração", destaca o fundador e CEO da NetChart - Bwtech, Flávio Buratto.
“O investimento do Governo de Minas em ações de C,T&I permite aos negócios inovarem, manterem a competitividade e alcançarem novos mercados, não apenas em Minas, mas também no Brasil e no mundo”, afirma a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa.
Novas oportunidades
Em sua primeira edição, a chamada Laboratórios Certificadores aportou mais de R$ 20 milhões em 14 projetos aprovados neste ano. A iniciativa eleva a infraestrutura tecnológica do estado, transformando laboratórios de Instituições de Ciência e Tecnologia (ICTs) em centros com capacidade para a prestação de serviços, reduzindo o custo para o setor produtivo e gerando oportunidades.
Um desses projetos é do Laboratório de Ressonância Magnética de Alta Resolução (Laremar) da Universidade Federal de Minas Gerais, que pretende emitir certificação de qualidade e autenticidade de produtos alimentícios e agropecuários por ressonância magnética nuclear.
A gerente do Laremar, Ivana Silva, explica que o recurso vai possibilitar ao laboratório conferir selos de Indicação Geográfica (IG) para produtores de vinho, cachaça, azeite, mel e queijo, por exemplo, o que possibilita a facilitação da exportação desses produtos.
"Com o recurso, o nosso laboratório se tornou o único da América Latina a contar com um equipamento que avança na análise de bebidas e alimentos. Nós vamos poder criar um banco de dados que vai garantir que determinado produto foi produzido em uma região específica, como no caso do queijo do Serro e da cachaça de Salinas", completa.
O investimento também foi fundamental para o lançamento do edital Cientista Empreendedor, que também estreou com sucesso. Foram 22 propostas aprovadas, que resultaram no aporte de mais de R$9,7 milhões para transformar pesquisas acadêmicas em startups, spin-offs e novos produtos e serviços.
Impulsionando negócios
Programa já consolidado no mercado mineiro, na edição deste ano, o Compete Minas alcançou 92 propostas aprovadas (49 na linha Tríplice Hélice e 43 na linha Empresas, ambas contempladas na mesma chamada). O valor total desses projetos resultou em R$ 49,8 milhões para melhoria e desenvolvimento de novos produtos e processos inovadores.
Já o Come to Minas – uma vertente do Compete Minas para atração de novos negócios inovadores para o estado –, em sua edição de estreia, teve 33 propostas aprovadas e o aporte de mais de R$ 18,9 milhões para a instalação e expansão de novos negócios tecnológicos e de centros de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em território mineiro.
Legado e história
Criada com a missão de induzir e fomentar a pesquisa científica, tecnológica e de inovação, a Fapemig completou 40 anos em 2025. Além da execução de orçamento recorde, o ano foi marcado por entregas importantes para a população, como o lançamento de Centros de Excelência focados em desafios tecnológicos das diversas regiões mineiras e a retomada de programas como o de bolsas de pós-doutorado, que busca atrair e fixar pesquisadores no Estado.
“A Fapemig chega aos 40 anos como uma das principais agências de fomento do país. Ao longo de sua trajetória, a Fundação tem sido parceira de pesquisadores, universidades, empresas e da sociedade, ajudando a transformar conhecimento em soluções concretas para os nossos desafios”, declara o presidente da FAPEMIG, Carlos Arruda.
Inovação que melhora a qualidade de vida do cidadão
Agilidade na prestação de serviço ao cidadão, eficiência na gestão pública municipal, simplificação de processos e atração de novos investimentos. Esses são alguns dos objetivos do Cidades do Futuro, iniciativa que visa apoiar os municípios mineiros no aperfeiçoamento da gestão pública por meio de ações, normativas e soluções inovadoras que levam a cultura da inovação para todo o estado.
Com cerca de 130 municípios aderidos, o programa conecta prefeituras a soluções tecnológicas de ponta e sem custo, por meio de startups parceiras que doam soluções para que os municípios conheçam e testem serviços tecnológicos que elevem a eficiência de suas gestões.
“O investimento do Governo de Minas no Cidades do Futuro favorece aos municípios a ter contato com a tecnologia e a inovação. Às vezes, o primeiro contato que a administração pública tem com a inovação é por meio dessas empresas que ofertam de forma gratuita as soluções”, ressalta Rina Dutra, secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação de Congonhas.
O subsecretário de Ciência, Tecnologia e Inovação da Sede-MG, Lucas Mendes, destaca que, no próximo ano, Minas terá ainda uma série de iniciativas para o setor produtivo e para a academia.
“Nosso objetivo é que Minas Gerais seja um estado mais competitivo e atrativo, propiciando que nosso ecossistema produza mais oportunidades e transforme Minas no melhor estado para fazer pesquisa, tecnologia e inovação”, ressalta.