O Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais totalizou R$ 290,1 bilhões no terceiro trimestre de 2025, registrando crescimento real de 1,1% em relação ao mesmo período de 2024. Em termos nominais, a expansão foi de 6,8%, resultado da combinação do aumento do volume de produção com a elevação dos preços na economia estadual. No acumulado do ano, a economia mineira cresceu 1,6%.
Ainda conforme o Informativo FJP – Contas Regionais, divulgado nessa quinta-feira (18), pela Fundação João Pinheiro (FJP), a participação de Minas Gerais no PIB nacional foi de 9,0% no 3º trimestre de 2025, e o principal destaque do período foi a agropecuária. O setor apresentou expansão de 8,8% frente ao trimestre anterior e de 11,3% na comparação interanual – desempenho acima da média nacional.
Desde 2019, o Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG) e da Invest Minas, já atraiu R$ 22 bilhões em investimentos privados no agronegócio e no segmento de fertilizantes/remineralizadores. Foram mais de 100 projetos distribuídos em dezenas de municípios, com previsão de 18 mil empregos diretos.
Entre os exemplos estão: a instalação do maior Centro de Inovação Tecnológica Agroindustrial do mundo sobre a macaúba (Acelen Agripark), em Montes Claros; a fábrica de fertilizantes da Eurochem, já inaugurada, em Serra do Salitre, com quase R$ 5 bilhões em investimentos; e os projetos da Harsco Environmental que, inclusive, beneficiam produtores de 149 municípios com a entrega de toneladas do compostos por meio do Programa de Doação de Fertilizantes.
Além disso, até novembro, as exportações do agro mineiro alcançaram o recorde de US$ 18,1 bilhões, um crescimento de quase 13% e já superando a totalidade do valor comercializado em 2024. No ano, as exportações de café e de carne bovina cresceram, respectivamente, 41,5% e 19,9% – em relação a 2024 –, resultado da consolidação e abertura de mercados e realização de missões comerciais.
“Esse desempenho mostra como Minas tem se conectado ao mundo para ampliar exportações e atrair investimentos. Também, é resultado dos investimentos em ciência, tecnologia e inovação, que agregam valor às cadeias produtivas e geram oportunidades qualificadas. Por fim, destaco o avanço notável dos projetos de fertilizantes que fortalecem nossa autonomia produtiva”, explica a secretária de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mila Corrêa da Costa.
Setores da economia mantém crescimento no ano
No setor de serviços, que responde por cerca de dois terços da economia estadual, o desempenho foi heterogêneo em relação ao trimestre anterior. Houve crescimento no transporte (1,6%) e na administração pública (0,3%), estabilidade no agregado de outros serviços e retração no comércio (-0,9%), com queda nas vendas de hipermercados, vestuário e materiais de construção. Já no acumulado do ano, o setor cresceu 1,5%.
Compostas pelas indústrias extrativas, de transformação, da construção e pelos serviços industriais de utilidade pública (geração e distribuição de eletricidade, gás, água e saneamento), as atividades industriais tiveram uma retração de 1,1%, em relação ao trimestre anterior. No ano, porém, o setor acumula uma ligeira alta de 0,3%.
Em valores nominais, o Valor Adicionado Bruto (VAB) no trimestre foi estimado em R$ 21,9 bilhões na agropecuária, R$ 74 bilhões na indústria e R$ 159,6 bilhões nos serviços.
As estimativas divulgadas são preliminares e poderão ser revistas após a incorporação das pesquisas estruturais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no Sistema de Contas Regionais e a incorporação desses resultados pelo Sistema de Contas Trimestrais de Minas Gerais.
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Riccardo Rossi
