Governo disponibiliza estudo sobre fluxo de deslocamento da população na RMBH
O encontro, de terça-feira (dia 24/8), apresentou estudo para identificar o impacto da pandemia no padrão de deslocamento da população na região metropolitana
Publicado: 25/08/2021 16:46 | Atualizado: 03/10/2022 18:07
Foto: Divulgação ARMBH Foto: Divulgação ARMBH

A Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Agência RMBH) e a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) disponibilizam mais um produto do Plano de Mobilidade da RMBH: o relatório da Matriz Origem-Destino de Pessoas por Dados de Telefonia 2019 e 2021. O estudo permite identificar o impacto da pandemia no padrão de deslocamento da população na região metropolitana da capital.

O lançamento ocorreu durante a reunião online do Comitê Técnico de Mobilidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte (CTMob), na manhã da última terça-feira (24/8). O encontro contou com expressiva participação de entidades metropolitanas, especialistas da área de mobilidade, representantes dos poderes executivo e legislativo, da sociedade civil e empresariado.

Na ocasião, a empresa telefônica contratada (Vivo) apresentou o relatório de construção do trabalho. Em seguida, os membros do comitê repassaram os informes sobre o Plano de Mobilidade. A Matriz Origem-Destino fornece dados do padrão de deslocamento da população na área de estudo, possibilitando compreender, por exemplo, quantas pessoas saem de determinado bairro com destino ao centro da cidade. Com isso, as informações necessárias são obtidas para realizar o planejamento da mobilidade metropolitana.

Baixo custo e rapidez

Na edição 2019/2021, a matriz possui dados de 20 dias de novembro de 2019 e 20 dias de maio de 2021, permitindo separar dia útil, sábado, domingo e feriado e possibilitando um acompanhamento mais preciso das mudanças dos padrões de deslocamento da região, uma vez que até 2012, os dados representavam apenas um dia útil.

 “As matrizes OD de 2019 e 2021, elaboradas com dados de celular, custaram 17 vezes menos que a matriz de 2012, elaborada com dados de pesquisa de campo. O baixo custo e rapidez na construção permitem a sua realização anual sem pesar nos cofres do governo. Isso possibilita um acompanhamento mais preciso das mudanças dos padrões de deslocamento na região”, declara o diretor de Planejamento Metropolitano da Agência RMBH, Charliston Moreira.

Vale ressaltar que os dados coletados são anônimos e agregados, respeitando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), de forma que não é possível a identificação do usuário.

Sobre o Comitê Técnico de Mobilidade

O trabalho do CTMob foi retomado, em março deste ano, com expressiva participação de entidades metropolitanas e representantes da sociedade civil. Na oportunidade, a equipe da Diretoria de Planejamento Metropolitano da Agência RMBH e da Subsecretaria de Transportes e Mobilidade da Seinfra, que compõem o Escritório de Mobilidade, forneceram informações sobre o cronograma de trabalho e destacaram os avanços do Plano de Mobilidade.

O CTMob foi criado, em 2010, para oferecer apoio técnico-consultivo à tomada de decisão do Conselho Deliberativo de Desenvolvimento Metropolitano e para iniciativas diversas nas questões metropolitanas referentes à mobilidade urbana e transportes. Sua composição é primordialmente técnica e inclui representantes do poder Executivo, Legislativo, Estadual e dos vários municípios componentes da RMBH; representantes de classe de usuários e operadores dos sistemas de transporte, rodoviário e ferroviário, de carga e passageiros; academia; órgãos técnicos de classe; e entidades de participação social e da sociedade civil organizada. Todo material referente ao Comitê Técnico de Mobilidade está disponível no site da Agência RMBH, clicando aqui.